sexta-feira, 27 de abril de 2012

Sou a favor do aborto de anencéfalos


Por Maurício Zágari, Blog Apenas. 
Muito tem se falado sobre o aborto de anencéfalos, as questões éticas, médicas, psicológicas e religiosas envolvidas nesse ato bárbaro. Mas o que poucos falam é que a Igreja evangélica no Brasil tem sofrido uma epidemia de anencefalia. Essa palavra complicada significa ao pé da letra “pessoa com falta de encéfalo”, ou, de modo mais popular, “pessoa sem cérebro”. Bem, se você está pensando que vou entrar aqui na questão do aborto de seres humanos anencéfalos eu peço desculpas por decepcioná-lo, mas não é esse o foco da minha reflexão. O que vou abordar não é ausência de massa encefálica nos indivíduos. É a forma como muitos de nós, cristãos, têm usado sua massa encefálica no que tange à Igreja e que faz com que ela nada mais sirva senão para ocupar espaço dentro do crânio. O que dá na mesma.
Só para pegar um exemplo de anencefalia cristã que está na moda: o conceito evangélico. A quantidade de pessoas que têm repudiado esse termo correto e histórico é surreal e um sintoma de anencefalia. “Não sou evangélico, sou cristão”, bradam muitos, na ânsia por se mostrar diferentes daquilo que a parcela mais visível da Igreja evangélica se tornou, aquela que está na mídia, que rouba o povo, que simula exorcismos, que usa Cristo como desculpa para ter dinheiro, poder e influência. Só que, se você faz parte como eu do grupo que segue os ditames da Reforma – resumidos nos cinco “sola”: Sola Fide, Sola Scriptura, Solus Christus, Sola Gratia e  Soli Deo Gloria– mas repudia o vocábulo “evangélico”, eu te diria: meu querido irmão, lamento informar: você é um evangélico, queira ou não.
Com todo carinho: pense historicamente e não nas frases feitas que esse ou aquele aquele pastor anda falando contra esse termo histórico. Você é filho da Reforma? Segue o Cristianismo protestante? Professa a fé apostólica? Cumpre o que Jesus ensinou no Sermão do Monte? Então ponha dentro do seu encéfalo que você é SIM um evangélico, que nada mais é do que um sinônimo para “cristão de tradição protestante”. É exatamente como um cachorro que vive bradando: “Eu não sou um cachorro, sou um cão!!!”. Meu irmão, minha irmã, concentre-se em coisas de fato importantes, como amar o próximo e viver uma devocionalidade de maior intimidade com Deus. Levantar como bandeira “eu não sou evangélico” é coisa de quem não pensa com os olhos voltados para a História da Igreja.
Esse exemplo mostra que temos massa encefálica mas muitos não a estão usando adequadamente. Ou seja: em grande parte, nosso cérebro está se tornando pouco útil para o Reino de Deus. O que dá na mesma que não tê-lo. Muitos se tornam ávidos consumidores do veneno que meia-dúzia de formadores de opinião E-VAN-GÉ-LI-COS destilam pela TV, as redes sociais, os blogs, twitcams e suas conferências cooptadoras de corações e mentes e não ponderam biblicamente ou historicamente sobre o que estão falando. Por isso, muitos cristãos anencéfalos estufam o peito e começam a meramente repetir uma enorme quantidade de conceitos forjados, clichês e besteirois dos pontos de vista escriturístico e histórico. E por uma simples razão: não se dedicam ao estudo da Bíblia e não conhecem nada de História da Igreja (mas sempre mencionam as Cruzadas, a Inquisição e o apoio de alguns à Alemanha nazista, é claro, seus episódios prediletos, para mostrar como a instituição eclesiástica é o “grande satã”). E, como são locomotivas desembestadas mas sem ter trilhos históricos ou bíblicos onde trafegar, acabam arrebentando tudo pelo caminho. Seus alicerces são quebradiços e o terreno onde erguem seus conceitos é areia movediça.
Nossos anencéfalos inundaram as redes sociais. Todo santo dia você entra no twitter ou no facebook, assiste a uma twitcam ou vê no YouTube um desfile de falta de conhecimento e reflexão. Daí surgem pérolas do pensamento cristão da era pós-traumática causada pelo neopentecostalismo. Alguns exemplos clássicos (veja se você já não ouviu alguma dessas frases): “Tornei-me cristão quando saí da igreja”, “não congrego em uma igreja, mas em uma comunidade”, “a Igreja institucional foi invenção de Constantino”, “somos da graça e não da religião”, “Jesus nunca construiu templos”, “denominações não, Jesus sim”… Tudo fruto de uma anencefalia balística, belicosa, segregacionista, revoltada, destrutiva e em nada cristã. Semana passada mesmo uma irmã querida do twitter que fala em sua bio de “amor” e “misericórdia”, tuitou: “Prefiro estar de fora dos portões do religioso, a entrar e comungar com ele“. Santo Deus… era isso o que o Cristo diria ou faria? Ou Ele muitas vezes iria às casas dos fariseus e comungaria com eles? Bem-aventurados os pacificadores? Que nada, vamos cair de pau em cima dos “religiosos”.
Esses conceitos, que mais parecem adesivos de para-choque de automóveis, infestaram os crânios de uma gigantesca parcela da Igreja e carcomeram o pensamento dos evangélicos. A meu ver, o maior exemplo recente disso foi o pastor-celebridade que escreveu em seu blog que estava rompendo com a Igreja evangélica. O mais curioso é que ele continua fazendo tudo como sempre fez… isto é, de modo evangélico. Eu confesso, não sabia se ria ou chorava muito quando vi que ele escreveu no texto: “Agora sinto necessidade de distanciar-me do Movimento Evangélico” mas assinou o artigo com “Soli Deo Gloria” – que, como já vimos, é um dos cinco pilares justamente do… Movimento Evangélico!!! O supra sumo da contradição. E esse texto ainda foi “curtido” por mais de mil pessoas no Facebook, uma prova de que as pessoas nem se deram conta de quão sem nexo foi aquilo.
Dá vontade de chegar para um pastor como esse e dizer “ô, amigo, deixa de criancice e volte a ser quem você era anos atrás, quando pregava belissimamente a Bíblia e não se achava o perseguido do universo”. Cito esse exemplo porque são formadores de opinião como esse cavalheiro que têm incentivado muitos a pular como ratos medrosos do barco só porque ele está minando água. Mas ratos nao pensam, agem por instinto. Quem pensa fica no barco e ajuda a consertar o que vai mal. Usa o cérebro. Identifica os problemas e colabora para saná-los, pega prego e martelo e sua para tapar os rombos, em vez de anencefalicamente pular na água e ainda arrastar multidões consigo… pro fundo do mar.
Que a Igreja vai mal todos sabemos, basta ler livros como o brilhante O Fim de Uma Era, de Walter McAlister, que mostra por A+B por que uma parcela da Igreja vai falir. Não é à toa que recebeu o Prêmio Areté de “Livro do Ano”. Quer conhecer boa teologia, em vez de teologia de botequim? Acompanhe o blog de seu autor (veja AQUI) e ignore blogs de pastores-poetas que acham que é a poesia que vai salvar o mundo (como diz um dos posts do blog desse pastor evangélico que disse que não é mais evangélico) só porque eles falam bonitinho e são celebridades. Vá atrás do que é BÍBLICO.
Teologia da Prosperidade; falsos religiosos em busca de poder e dinheiro; escândalos absurdos envolvendo líderes na TV e sendo proclamados aos quatro ventos; telepastores vendendo unção financeira; cantores gospel se prostituindo em programas de TV só para divulgar seus CDs; pastores sem nenhuma vocação sendo ordenados e por isso machucando milhares de ovelhas que se desviam ou se desigrejam; movimentos antieclesiásticos se opondo à Igreja organizada; pastores de vida errada mas que posam de “porta-vozes da graça” desmerecendo práticas bíblicas como o dízimo; politização de setores da Igreja; relativização do pecado; emergentes pregando o universalismo; pastores ensinando que não tem nada de mais em ir ao show do Ozzy Osbourne; mescla de valores mundanos com os sacros em prol de “falar a linguagem de nossos dias”; pastores ávidos por poder e influência usando charme, mídia, tecnologia e até falando palavrão de púlpito para conquistar o nicho dos jovens; marxismo sendo travestido de cristianismo; dons espirituais sendo forjados para manipular pessoas; a seriedade e a sacralidade dos cultos a Deus sendo substituída por uma irreverência de show de pagode; desmerecimento do estudo teológico, propagação de uma fé sofista que põe o homem como medida de todas as coisas, professores liberais de seminário ensinando que Deus não controla as forças da natureza… Enfim, se formos listar todos os males que hoje tornaram grande parte da Igreja anencéfala ficaríamos falando até amanhã.
É verdade, há muita podridão dos bastidores da Igreja evangélica, infelizmente. Mas é por isso que vou pular do barco como um rato medroso e deixar as ovelhinhas do Senhor afundarem? É por isso que vou deixar de lutar com todas as minhas forças para que a Igreja se aprume, seja purgada e viva o Evangelho cristalino? Não. Me recuso. Me recuso a deixar os manipuladores de mentes tornarem minha massa encefálica inútil para o Reino de Deus. Recuse-se também. A Igreja vai mal, querido, querida. Há focos de resistência. Mas, no geral, há muitos que, de modo bem-intencionado ou maligna e astutamente, usam palavras, charme, carisma ou berros para conquistar as massas anencéfalas.
Ouvi de uma pessoa amada que meus textos aqui no APENAS estavam um pouco mais amargurados do que no início do blog, há exatos 11 meses. É possível que isso seja fato. Tenho ouvido, visto e vivido coisas que, para quem ainda tem um cérebro um pouquinho funcional que seja, são de nos fazer passar a noite em claro, orando e chorando pela Igreja que tanto amamos. Parece que a anencefalia tomou conta e estamos felizes da vida por vivermos na mediocridade espiritual e mental. Esse tipo de anencefalia, preciso dizer, quero mais é que seja abortada. Existe a hora de falar besteira, de brincar, contar piada, falar abobrinhas, relaxar a mente? Sem dúvida! Gosto disso tanto quanto qualquer um. Mas… o tempo todo? Aí isso já é sintoma de que algo está errado.
Sim, sou a favor do aborto de anencéfalos. De matar não o indivíduo, mas o fenômeno. De reativar cérebros que só funcionam se conectados a mentes alheias. De eliminar as frases feitas e os jargões. “Passei a ser cristão quando abandonei a igreja“… ora, faça-me o favor! Quem diz isso não sabe que onde dois ou três estiverem reunidos em nome de Jesus Ele ali estará, seja numa igreja institucional, num templo ou numa denominação?! “Jesus é contra a religião“… será que quem replica essa bobagem sabe que “religião” significa o “religare” entre Criador e criatura, que é intimidade com Deus, e que, logo, oração, por exemplo, é religião?! “A Igreja primitiva se reunia em lares, não havia hierarquia nem liturgia” … mano, mana, pegue um livro de História bem chinfrim e você descobrirá que os primeiros cristãos se reuniam em lares só porque se não fizessem seu culto escondido eram mortos pelo Império Romano, que havia hierarquia sim na Era Apostólica e que só a Ceia do Senhor já configura uma liturgia.
Então chega. Abortemos toda a anencefalia que esvaziou a caixa craniana de muitos dos nossos irmãos. Passemos a ler mais bons livros. A estudar a Bíblia. Paremos com esse preconceito bobo e preguiçoso de estudar teologia. Vamos abolir nossa admiração pelas frasezinhas bonitinhas dos famosos do twitter, os videozinhos de teologia vazia do YouTube e, em especial, a gritaria da televisão.  Chega de pensar pela cabeça desses famosos e não pela Bíblia. Chega de viver uma fé por tabela. Aprenda com os antigos. Leia os clássicos e ignore os best-sellers. Ler superficialidades como “A Cabana” não vai te levar a lugar nenhum. Aborte isso da sua vida.
Por favor, não quero soar dono da verdade. Não sou. A Bíblia é. Desconfie de mim tanto quanto de qualquer outro nome da web. Mas se de algum modo as palavras que usei de forma propositalmente provocativas neste post mexeram com seu sangue e puseram sua cabeça para funcionar – mesmo que seja para considerar as minhas ponderações um monte de equívocos – ótimo! Pelo menos o seu cérebro está funcionando. Pense. Questione. Mas não feche suas conclusões com o primeiro famoso que cruzar seu caminho. Duvide das celebridades. Ouça o conselho dos anônimos (esses em geral têm bem menos rabo preso com interesses financeiros, políticos, empresariais ou ministeriais). Não quero que você concorde comigo. Quero que você PENSE. Que saia da esfera de influência dos que te arrebanharam com pensamentos pré-concebidos. Quer te usam como massa de manobra. Que lucram nas suas costas. Que se promovem e vendem CDs ao fazer você venerá-los. Que não querem ser criticados e por isso puseram na tua cabeça que “o crítico é um enrustido que tem inveja do sucesso dos outros” – e você nem percebeu o incrível absurdo que é essa frase e que ela por si só constitui uma crítica.
Pense, meu irmão. Pense, minha irmã.
E vamos abortar a anencefalia que hoje invadiu a Igreja como uma peste. É hora de começarmos a consertar o barco. Se você pulou fora, suba de novo a bordo. Vamos fazer a igreja voltar a ser Igreja – mas da forma certa. E não de modo desmiolado.
Paz a todos vocês que estão em Cristo
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Publicado por Maurício Zágari no Blog Apenas  -  http://apenas1.wordpress.com/  

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Introdução à Teologia Sistemática - Millard J. Erickson - Download



Finalmente encontrei uma versão digitalizada da Teologia Sistemática de Millard J. Erickson, é um livro com estrutura e linguagem relativamente simples e com bastante coerência. 

O autor discorre pelos temas explorando sempre os vários prismas e vertentes em assuntos como revelação, doutrina de Deus, da Criação e da providência, humanidade, pecado, doutrina de Cristo, do Espírito Santo, da expiação e da salvação, passando por eclesiologia até a escatologia, deixando sempre no fim a sua consideração como proposta de consenso.  

Millard J. Erickson, experiente professor de teologia em instituições evangélicas e autor de Opções Contemporâneas em Escatologia, também publicado pela Vida Nova, é escritor de renome internacional. Doutorado pela Northwestern University, nos EUA, e ele também fez vários estudos pós-doutorais na Alemanha, na Universidade de Munique.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Theodor W. Adorno, Fetichismo da Mercadoria e a Música Evangélica Brasileira

“Fetiche” segundo o Dicionário Aurélio é “Um objeto animado ou inanimado, feito pelo homem ou produzido pela natureza, ao qual se atribui poder sobrenatural e se presta culto”.
Se utilizando deste termo, Karl Marx em, O Capital, discorre sobre um fenômeno de atribuição de valor simbólico aos produtos (manufaturas), que deixam de ter seu valor determinado pela quantidade de trabalho empregado na sua fabricação e são precificados por aspectos subjetivos, não mensuráveis, criando uma valoração supera em sua precificação. A este fenômeno Marx chamou de Fetichismo da Mercadoria.


Theodor Ludwig WiesXengrund-Adorno, filósofo, sociólogo, musicólogo e compositor alemão, membro da Escola de Frankfurt, tratou o tema Fetichismo da Mercadoria, abordando principalmente a idéia de Música Fetichizada. Entre as várias obras que escreveu sobre o tema estão, Sobre o Caráter Fetichista da Música e a Regressão da Audição, em 1938.


O fenômeno observado por Theodor Adorno em sua época, quando desenvolveu importantes pesquisas no "Princeton Radio Research Project", se repete no “mercado gospel” brasileiro atual, onde a música evangélica tem se evidenciado como um bem de consumo muito mais precificado pelo seu valor de troca que pelo seu valor de uso.


Nos últimos anos, após conhecer um vertiginoso e lucrativo crescimento nas gravadoras denominadas cristãs, a música “gospel” brasileira se tornou também em uma importante fatia de mercado de grandes gravadoras seculares, e o que antes era gravado em estúdios improvisados, com poucos equipamentos e recursos de marketing para promoção, tem hoje toda a tecnologia e verbas disponíveis dos conglomerados midiáticos seculares nacionais.


Reconhece-se que a qualidade técnica das gravações da música evangélica brasileira precisava realmente melhorar, era necessário se profissionalizar, e isto aconteceu. Entretanto música cristã não é feita apenas de claves musicais, é também e principalmente ideológica, e ai os questionamentos levantados por Adorno nas reflexões sobre a música de sua época parecem fazer ainda mais sentido para a música cristã atual. O que chamamos de “Louvor a Deus” pode se tornar um produto? É justo se pagar um cachê de R$ 25.000,00 a um cantor por 2 horas de “Show”? Vemos hoje cantores cristãos famosos se preocupando muito mais em manter sua imagem “popular” para o meio secular, do que se comprometendo com verdades cristãs/bíblica, basta observar programas de “domingo a tarde” para ver estes mesmos cristãos fugindo de assuntos dogmáticos com medo de perder seu público cativo.


Enquanto isto as palavras de Cristo ainda ecoam “Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem." (João 4 : 23). Fica a reflexão.


Bibliografia:
ADORNO, T.W.; HORKHEIMER, M. Dialética do esclarecimento: fragmentos filosóficos. Rio de Janeiro: Zahar, 1985.
ADORNO, T.W. Analytical study of the Recebido e aprovado em maio de 2003 music appreciation hour. The Musical Quarterly, Oxford, v. 78, n. 2, p. 326-377, 1994.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Como se tornar um pregador neo-pentescotal famoso em 11 passos

1 – Comece lendo vários livros de neurolinguística e motivação, autores como Roberto Shiniashiki, Lair Ribeiro, Godrin e Marins te ajudarão muito a manter um alto nível de “Raport” durante o sermão.

2 – Elogie bastante o pastor ou líder que lhe chamou para pregar, dizendo que ele é um grande homem de Deus e etc. Se quiser encher mais a bola ainda, diga que se sente até envergonhado em falar rodeado de tantos homens sábios na palavra de Deus (os ministros sentados nas cadeiras atrás de você).

3 – Antes de ler o texto do sermão conte pelo menos 5 milagres que Deus realizou enquanto você pregava em cultos passados, não deixando de mencionar que era para grandes multidões. Mas lembre-se, a história tem que ser acompanhada com outra que diga que você pagou um grande preço por esta unção, que ela não é por acaso, você se esforçou muito para isto!

4 – Macetes são imprescindíveis, decore nomes de Deus como por exemplo: Jeová Rafá, Jeová Nissi, Jeová Jiré e etc, eles sempre impressionam os ouvintes quando falados um após o outro seqüencialmente.

5 - Decore um grande número de atributos pessoais sobre Deus como: Benigno, benevolente, grandioso, real, majestoso... e use em uma oração de abertura da mensagem, vai causar uma excelente impressão.

6 – Conte histórias de oportunidades onde Deus te usou no aeroporto, no mercado, no shopping, no ônibus ou algum outro lugar semelhante, estas histórias dão uma dimensão sobrenatural à sua vida cotidiana e ajudam a construir a sua imagem de “homem de Deus” perante os ouvintes.

7 – Assim que terminar a leitura do texto onde será pregado o sermão diga de maneira bem clara qual será o título da mensagem, mas não pode ser qualquer titulo, titulo é algo comum em mensagens, tem que ser um título que deixe os ouvintes curiosos, algo marketeiro como: “O ministério dos potes quebrados” , “O Figo que Zaqueu não comeu” e etc.

8 – Durante a mensagem, pregue o que quiser, mas nunca, nunca deixe de dizer a essência do que as pessoas vieram ouvir. Diga que elas realmente estão sendo perseguidas, que estar “na prova é muito difícil”, que o inimigo está atacando ferrenhamente, que as pessoas as têm perseguido, humilhado, maltratado, injustiçado, mas que na hora certa, se o mar não se abrir, Deus vai fazer com que elas andem por sobre as águas.

9 – Não esqueça de algumas táticas já consolidadas por grandes pregadores, se você quer ser um, comece a praticar já! Segue algumas dicas: Na hora da leitura do texto bíblico diga: “Se você já encontrou diga amém, se não, diga misericórdia...” o público sempre dá risada... Durante todo o sermão diga á igreja, “cutuque o irmão do seu lado e diga pra ele, você está entendendo? Ou, você está bonito hoje!”. Todas estas táticas parecem ultrapassadas, mas no fundo só te reconhecerão como grande pregador se você as utilizar.

10 – Grave todos os cultos em DVD, produza uma capa com sua foto de bíblia na mão e olhar distante, olhando para o horizonte (tipo disco sertanejo antigo), com o título do sermão logo abaixo. DICAS: Compre DVD’s virgens no Paraguay, sai bem mais barato.

11 – Para finalizar, crie uma identidade visual para o “seu ministério”. As pessoas têm que saber quem é você, crie um slogan chamativo, algo que lhe defina, tipo: “resgatando vidas pelo evangelho da verdade”, em seguida crie uma logomarca bacana, um site com fotos, comunidade no Orkut, Twiter e pronto! Já é meio caminho andado. Ai mais para frente você pode até pensar em contratar uma assessoria de comunicação, ou quem sabe começar a dar consultoria ministerial.